Dossiê Voluntariado - Oficina de Jornalismo • Unifor 2015.1
Rede social como meio de ajuda a animais abandonados
No Facebook, o incentivo à adoção e doação de pets é constante por meio de grupos. Usuários também aproveitam o espaço para divulgar a busca por bichinhos perdidos e incentivar o voluntariado à causa animal.
“ Passo dias, noites e madrugadas tentando dar uma chance para que animais abandonados possam ser adotados”
Alexandra Marques é administradora da página “Adoção e doação de pets em Fortaleza-CE”, que possui mais de 13 mil membros. “Mãe” dos pets, como se intitula, é dona cinco cachorros, entre filhotes de raça definida e sem raça definida, todos com nomes dos seus artistas favoritos: Kirk Douglas, Kevin Costner, Gregory Peck (Greg), Nick Nolte e Bruce Willis.
O grupo de Alexandra no Facebook serve como ponte entre possíveis adotantes e potenciais adotados. Segundo ela, os administradores trabalham nas adoções, aproximando os animais de suas futuras famílias, dando orientações sobre a adoção responsável, instruindo os tutores sobre como entrevistar os candidatos à adoção, sobre a assinatura do Termo de Responsabilidade. Também fazem orientações sobre castração, vacinação, vermifugação, periodicidade de consultas veterinárias, entre outras demandas, como indicar clínicas, veterinários, farmácias e pet shops comprometidos com a causa.
“Passo dias, noites e madrugadas tentando dar uma chance para que animais abandonados possam ser adotados. Tomei como meta tentar arranjar para os bichinhos carentes um lar amoroso e responsável, para que eles possam sentir-se amados e protegidos tanto quanto os meus meninos foram um dia.
Para nós, que abraçamos a causa animal, adotar é o mais genuíno ato de amor e ficamos felizes que um número maior de pessoas estejam se conscientizando e optando por adotar, já que há tantos animais precisando de adoção”, diz Alexandra.
Por meio do grupo, uma média de 20 a 25 adoções mensais são feitas, principalmente de cachorros e gatos, mas também de coelhos, hamsters, tartarugas e pássaros.
“Estou na linha de frente dessa empreitada, é um trabalho difícil, árduo, cansativo, mas extremamente gratificante. Saber que pude alterar o destino de uma criaturinha dessas, proporcionando a elas um lar amoroso e responsável e aos seus atuais tutores a oportunidade de conhecerem seus amores de 4 patinhas é uma satisfação indizível.
Nosso trabalho na causa animal é inteiramente voluntário, nenhum protetor é remunerado, mas talvez poucos profissionais tenham a mesma satisfação que nós temos ao vermos nosso trabalho realizado”, revela.
Dayse Oliveira, junto ao marido Weslay Mendonça, são administradores do grupo “Adoção de animais Fortaleza/CE”, com mais de 9 mil membros. Dayse revela que desde criança teve afeição pelos bichos, mas que só em dezembro de 2012, quando se casou, é que a vontade de adotar um cachorro tornou-se possível.
“Optamos pela adoção, pois não concordamos com esse mercado de reprodução de pets. As matrizes sofrem bastante com as várias gestações seguidas e quando adoecem, em muitos casos, são abandonadas. Sem falar nos animais expostos “engaiolados” nos pet shops a espera de um comprador.
O que o animal quer é liberdade. Daí, você sai do pet shop todo feliz com sua mais nova “aquisição” nos braços, enquanto a mãe está confinada esperando o próximo cio para procriar e render mais lucros. E observando melhor à sua volta, você se depara com animais abandonados, doentes, com fome, sede, sem carinho, cuidado e amor”, desabafa a administradora dá página no Facebook.
Para a defensora da causa animal, o foco do grupo é sensibilizar as pessoas para adotarem com responsabilidade, com o intuito de garantir o bem-estar dos pets. Dayse conta sobre a pretensão de estender essa ajuda para além do mundo virtual. “Tentamos fazer parcerias com clínicas veterinárias, pois diariamente vemos pessoas postarem apelos, pedindo contatos de clínicas que tenham preços populares. Esperamos conseguir. E não poderíamos deixar de mencionar a ajuda dos membros do grupo, daqueles mais engajados. Eles são muito solícitos, fazem toda a diferença sem dúvida nenhuma”, conta.
